A Jornada do Patrimônio Cultural 2025 no Sul de Minas consolidou um movimento regional integrado e sensível de valorização da paisagem cultural e dos topônimos, no qual a atuação técnica da Cultura das Gerais articulou municípios, escolas e comunidades para transformar vivências locais em pertencimento, memória e preservação.

Cultura das Gerais na Jornada do Patrimônio Cultural

Presença técnica, sensibilidade e transformação no Sul de Minas

A Jornada do Patrimônio Cultural 2025 no Sul de Minas revelou um movimento amplo, sensível e profundamente articulado de valorização das paisagens, das memórias e das identidades regionais, em sintonia com o tema oficial proposto pelo IEPHA-MG — “Paisagem Cultural e Patrimônio Toponímico” — que orientou, em todo o estado, iniciativas voltadas à compreensão do território como expressão viva das relações entre natureza, cultura, história e pertencimento.

Nesse contexto, a Cultura das Gerais, sob coordenação de Uillian Santiago, esteve presente de forma integral em todas as ações, oferecendo assessoria e consultoria técnica que garantiram rigor metodológico, coerência temática e profundidade conceitual alinhada às diretrizes da 10ª edição da Jornada.

Nos municípios participantes, foi possível observar crianças, jovens e toda a comunidade descobrindo novos sentidos para os lugares que habitam, reconhecendo na paisagem cultural — conforme definida pelo próprio IEPHA-MG como resultado da interação entre fatores naturais e humanos ao longo do tempo — uma dimensão estruturante da memória e da identidade coletiva

Em Careaçu, alunos do Ensino Fundamental I vivenciaram um percurso educativo que estimulou o olhar atento para a cidade, explorando pontos simbólicos, registrando paisagens e compartilhando percepções em uma noite cultural que aproximou gerações e fortaleceu o sentimento de pertencimento.

Em Monsenhor Paulo, estudantes construíram maquetes que representavam bens culturais, ruas e paisagens afetivas, aprofundando a compreensão do município por meio da criação manual e da interação entre famílias, educadores e artistas.

Em Senador José Bento, a fotografia tornou-se ponte entre os alunos e os espaços que moldam sua identidade, revelando afetos por meio de registros produzidos durante um percurso que seguiu da praça central até a Casa do Colono, culminando em uma exposição acompanhada de narrativas, poesias e músicas.

No município de Natércia, a comunidade foi convidada a reconhecer o valor dos topônimos e das paisagens locais por meio de uma exposição interativa, cujos relatos e depoimentos deixados pelo público foram transformados em um e-book que perpetua essas narrativas como parte das ações da Jornada.

Em Lambari, arte, história e sensibilidade se uniram em oficinas de bordado sobre antigos postais das paisagens hidrotermais, ressignificando imagens e fortalecendo vínculos afetivos com a cidade. Também ali, o IV Seminário Regional do Patrimônio Cultural reuniu especialistas e agentes culturais em debates, vivências, oficinas e exposições que reafirmaram o papel central da paisagem cultural na compreensão da história regional.

Já em Heliodora, o Festival Arte em Sabores e Tradições mobilizou a comunidade com uma intensa programação de três dias, integrando exposições, gastronomia, apresentações culturais e uma mostra de maquetes produzidas pelas crianças da educação patrimonial.

A presença da Cultura das Gerais em todas essas ações reforçou a importância de uma consultoria comprometida com o território, capaz de integrar gestão pública, escolas, grupos culturais e comunidade em torno de processos participativos, criativos e transformadores — exatamente como propõe o IEPHA-MG ao destacar que a Jornada existe para mobilizar municípios, sensibilizar a população e promover a valorização, a preservação e a salvaguarda do patrimônio cultural mineiro

A 10ª edição da Jornada evidenciou que o patrimônio se fortalece quando é vivido, observado, discutido e ressignificado pelas pessoas que configuram a paisagem. O trabalho realizado por cada município, com apoio direto da Cultura das Gerais, demonstrou que preservar é também educar, emocionar, criar e reconhecer-se no espaço onde se vive.

Com atuação articulada, técnica e sensível, a Cultura das Gerais contribuiu para que o Sul de Minas transformasse suas ações locais em um movimento regional consistente, inspirando pertencimento, ampliando diálogos e consolidando a paisagem cultural — e seus topônimos — como elos vivos entre passado, presente e futuro.